sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Rumba

Palmas pela originalidade, e só


Direção: Dominique Abel e Fiona Gordon
Título Original: Rumba
Duração: 77 min 
Idioma: Francês 
Lançamento: set/08 

Para os desavisados, grupo em que me incluía, Rumba é simplesmente surreal e inesperado. As críticas elogiaram e teoricamente o público também, já que sites como Metacritic e Rotten Tomatoes resultam boas classificações para o filme. Desconfio que nesse caso, foram tão poucos os expectadores que esse grupo se confunde com o grupo de críticos.

O filme é uma comédia-triste, com pouquíssimos diálogos (praticamente cinema mudo), de humor físico e inocente, um tanto retrô e nostálgico. Nada de escatologia, drogas ou piadas de cunho sexual - Rumba é leve e arranca mais sorrisos do que gargalhadas histéricas e consegue gerar uma certa simpatia pelos seus parcos três personagens: o casal dançarino que sofre um acidente, ela perde os movimentos da perna e ele a memória, após tentar desviar de um depressivo suicida.

Mas é só isso (ou tudo isso), e para um geração Y frenético, acostumado com roteiros carregados, cheios de reviravoltas, diálogos-metralhadora e edição ágil, fica a sensação de que a inocência e a leveza já não têm mais seu lugar e o filme é totalmente datado. Pelo sim ou pelo não, confira você mesmo para checar se consegue apreciar uma obra imune ao frenesi intenso do cinema contemporâneo.

Nenhum comentário: