sexta-feira, 2 de abril de 2010

Sede de Sangue

Bizarrices Vampirescas Coreanas

Direção: Park Chan-Wook
Título Original: Bakjwi
Duração: 103 min
Idioma: Coreano
Lançamento: Abr/2010

Sede de Sangue demora um pouco para efetivamente ganhar ritmo. É possível mesmo dizer que você vê dois filmes diferentes: o da primeira metade da projeção é mais intimista, foca nas angústias do protagonista e no desenvolvimento de um romance proibido; já a segunda metade aposta na ação e em situações absurdas, misturando numa mesma cena elementos cômicos e dramáticas de uma maneira estranha pros meus padrões mentais ocidentais (hollywoodizados).

Essa sensação de estranheza aparece também no trabalho dos atores. É difícil dizer se eles são bons ou ruins, porque há momentos que você não sabe se uma risada é forçada porque para você ela parece fora de contexto ou se o ator é que não está conseguindo passar. De qualquer maneira, o filme ganha pontos simplesmente por nos apresentar esse desafio "cultural".

No entanto, é possível apontar outros méritos da projeção. Um deles, por exemplo, é o de, assim como em "Deixa ela entrar", contar uma história sobre vampiros que não se parece com as que estamos acostumados. Considerando a avalanche de produtos explorando o tema no momento e sua similaridade, esse é um grande ponto a favor.

Outro mérito vai para a equipe de fotografia que consegue preparar algumas cenas em cenários simples, mas muito bem pensados como no último dos encontros com o padre cego, a casa toda branca ou, principalmente, a sequência final.

Enfim, ainda que longe de ter o impacto de um "Oldboy" ou de atingir os níveis de ironia e esquisitice de "O hospedeiro", Sede de Sangue é um filme que vale a pena conferir, mesmo que seja necessário apertar o fast-forward de vez em quando.

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