quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Blackest Night - Wonder Woman #1-3

Difícil Retorno


Editora: DC Comics
Publicação: Dez/09-Fev/10
Roteiro: Greg Rucka
Arte: Nicola Scott



Depois de voltar às revistas da Marvel através de The Siege, hora de tentar retornar também ao Universo DC, dessa vez através do mega-evento Blackest Night. Infelizmente, essa jornada será muito mais longa e mais turbulenta.



Parei de acompanhar as publicações da DC há muito mais tempo que as da Marvel e mesmo na época em que ainda as lia, a DC tinha personagens demais com ligações demais entre eles e uma cronologia confusa e longa demais para mim.



Essa mini-série que foca na participação da Mulher-Maravilha no evento talvez não tenha sido a escolha certa como porta de entrada. Ao contrário do que acontece nas edições e mini-séries de Siege, essa não se sustenta independente do que acontece na mini-série principal. São três edições com três histórias completamente diferentes uma das outras e que acontecem em momentos distintos, sem uma sequência lógica.



Na primeira, Diana enfrenta o "Lanterna Negro" Maxwell Lord que ela mesmo matara em um evento anterior (creio que tenha sido Crise Infinita). Aparentemente, apesar de possuir as memórias e poderes do falecido, esse Lanterna Negro não é mais que um anel tomando posse do cadáver de Lord.



A segunda já começa com Diana transformada em um "Lanterna Negro", apesar de isso não ter acontecido na última edição e de não haver qualquer referência a onde isso possa ter acontecido. Para piorar, Diana mata a Moça-Maravilha (Cassandra) e eu fiquei pensando: será que essa edição é tão importante que eu estou presenciando a morte de um personagem relevante da editora logo de cara? Não era.



A terceira até segue no gancho do final da segunda, mas não acontece muita coisa de relevante nela. Uma certa Carol que não conheço aparece e Diana vira uma "Safira Púrpura" ou coisa que o valha. Aliás, esse é um dos pontos mais interessantes: aparentemente, o universo dos Lanternas Verdes virou um universo de Lanternas Arco-Íris. É um festival de cores com emoções ligadas a cada uma delas. Mera (que entendi ser a amada do apartentemente falecido Aquaman) aparece usando um anel de cor vermelha (raiva) e  mais pro final Hal Jordan (Verde/Esperança) aparece acompanhado de Lanternas Amarelos, Azuis etc.



É uma verdadeira confusão que me fez ter certeza de apenas uma coisa: assim que colocar as edições mais recentes em dia, vou ter que voltar algumas fases para trás e dar uma checada no que aconteceu durante as duas últimas Crises (Infinita e Final) e também durante a Sinestro Corps War.



E aparentemente, assim como a Marvel saiu de Siege entrando na sua "Era Heróica", a DC vai entrar no seu Brighest Day. Já estava na hora mesmo de sair da Idade das Trevas que começou lá longe em meados dos anos 90 nas duas companhias e finalmente dar uma aliviada no drama e no sofrimento das histórias



Enfim, Greg Rucka entrega diálogos interessantes em meio a um roteiro truncado e confuso, cuja culpa é apenas parcialmente do autor. E Nicola Scott, cujo trabalho eu não conhecia até essa mini-série, garante uma arte competente.

Boa história, mas péssima porta de entrada.

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