quarta-feira, 12 de maio de 2010

Dark Avengers #13-16

Bendis atinge seu clímax

Editora: Marvel Comics
Publicação: Fev-Jun/10
Roteiro: Brian Michael Bendis
Arte: Mike Deodato

E mais uma série chega ao fim... E essa realmente parecia ser uma série e tanto. Vou tentar ler as outras 12 edições todo o material antes de entrar nos novos títulos da "Era Heróica". Essas edições finais ajudaram-me a entender porque esse título ficou no topo da lista dos mais vendidos durante toda sua breve existência.

Vale destacar de início que, apesar de todas as edições estamparem o selo Siege na capa, elas não tratam em nenhum momento dos eventos ocorridos na mini-série. Na verdade, eles são um prelúdio e um epílogo.

Nos três primeiros números (#13-15), o prelúdio, descobrimos como Sentry finalmente enlouqueceu de vez e Void tomou conta de sua persona. Tudo fruto de uma brilhante (ainda que leviana) manipulação de Norman Osborn. Grandes momentos ao longo de todas as partes.
Na primeira delas, destacaria a discussão de de Sentry com sua esposa e ela dizendo que ele seria apenas um junkie e estaria longe de ser um herói de verdade no nível de Capitão América e Homem de Ferrro.

Em outro parte, temos um ótimo momento do Mercenário, quando Osborn manda o Mercenário eliminar Lindy, a esposa do Sentry. Você consegue imaginar o prazer de Bendis em escrever cada linha do diálogo do vilão com Lindy. Esse é o último degrau numa escalada inevitável de loucura para Sentry.

A arte de Mike Deodato está no seu auge em todas as páginas. Ela é detalhista o suficiente para criar um aspecto pesado para a série, um aspecto que necessariamente deveria estar presente também em qualquer outro título relacionada à Dark Reign (Thunderbolts, Dark Wolverine, Bullseye)

O último número (#16) é um (dos) epílogo(s) para Siege com um fechamento digno para os Dark Avengers e, principalmente, para Norman Osborn. Bendis realmente conseguiu construir um personagem fascinante, ainda que, assim como Tony Stark anteriormente, Osborn tornou-se onipresente no último ano, aparecendo em praticamente todos os títulos, então o personagem pode ter sido escrita de várias maneiras diferentes nesse período. Porém, a abordagem de Bendis é a que realmente capta o que Norman tem de melhor como personagem.

Ele pode ser um louco, mas tem seu ponto. Não há como dizer simplesmente que eles seja um vilão e que esteja errado, porque ele realmente acredita que está fazendo o melhor pelo seu país e isso é algo louvável. De certa maneira, ele é realmente um "Super-patriota". 

Com o fim de Dark Avengers e de Norman Osborn, estoamos entrando no que a Marvel está vendendo como sua "Era Heróica"... Depois de tudo que aconteceu desde Civil War, em que tudo foi degringolando para os heróis da casa, já era hora de reverter a tendência.

Mas agora que atingimos o clímax de anos de histórias, para onde vamos daqui pra frente? O que pode vir depois dessa sequência de eventos grandiosos e transformadores?

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