sexta-feira, 30 de abril de 2010

As melhores coisas do mundo


Atualidade e nostalgia

Direção: Laís Bodanzky
Título original: As melhores coisas do mundo
Duração: 107 min
Idioma: Português
Lançamento: Abr/2010

O que esperar de um filme em que um dos personagens mais relevantes é interpretado por Fiuk? Preconceitos à parte, As melhores coisas do mundo tem bem mais conteúdo do que alguns julgariam. No mínimo, ver um filme nacional que não suba a favela, perca-se em inferninhos da Augusta ou mergulhe na miséria no nordeste do país, já é um alívio. Não que o enredo seja algo fora do mundo, mas é honesto, direto e consegue ser incrivelmente verdadeiro. Esse retrato tão factível da nova geração deve-se parcialmente à naturalidade com que os atores, especialmente os estreantes protagonista Francisco Miguez e Gabriela Rocha, dão vida a seus personagens, mas certamente também à muita pesquisa, visitas a colégios, entrevistas com adolescentes e outras coisas do tipo. Ao mesmo tempo em que é fácil se identificar com situações e emoções eternas e imutáveis que são hoje exatamente como eram na nossa própria época de colégio, é interessante ver o quanto mudança de valores e avanços tecnológicos da sociedade como um todo podem moldar os adolescentes (o melodrama existencial e os sentimentos exacerbados, no entanto, continuam exatamente iguais). Simples e efetivo, As melhores coisas da vida é uma "Sessão da Tarde" com algum conteúdo e muita nostalgia.

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