domingo, 12 de setembro de 2010

Hung


Muito sexo, pouca emoção

Lançado no auge da crise financeira, Hung até tinha uma premissa pertinente e com potencial: professor de colégio, divorciado, com dois filhos e coberto de dívidas encontra uma única saída para resolver seus problemas: colocar seus... hã... dotes físicos à disposição de mulheres carentes por... hã... companhia. A premissa, no entanto, apesar de garantir algumas piadas prontas que seriam o suficiente para segurar um filme de uma hora e meia ou duas, não conseguiu gerar material para uma boa série...

Os primeiros episódios da primeira temporada trazem algumas sacada legais e Jane Adams consegue garantir no mínimo alguns sorrisos com sua cafetina-por-acidente e riponga Tanya. E a ela se junta mais tarde, como melhores representantes da vertente cômica da série, Rebecca Creskoff com a devoradora-de-homens e life coach Lenore. Thomas Jane, o bem-dotado protagonista, faz par com uma adequada Anne Heche, mas seus personagens não criam química suficiente para que os espectadores realmente se importem com o relacionamento dos dois.

É na segunda temporada que fica mais evidente a fraqueza da premissa e ela segue sem uma trama que chame a atenção e sem encontrar um caminho certo durante os dez episódios. Algumas estórias paralelas, como a da vizinha turca/síria/libanesa ou qualquer coisa parecida, ajudam a dar um pouco mais de substância (ou enrolar), mas a maioria delas nunca chega a lugar algum.

Hung até tem um ou outro momento mais inspirado, a produção é bem feita (HBO) e os atores são competentes, porém, nunca chega a ser divertida ou dramática o suficiente para se justificar e nunca consegue se diferenciar o suficiente para garantir seu lugar entre as melhores séries. Só indico para quem realmente já esgotou as opções de primeiro escalão.

Para terminar, como de costume, segue a abertura que, assim como a própria série, apesar de bem realizada, está longe de ser memorável como a de outras mais top (Game of Thrones, À sete palmos etc.):


2 comentários:

Anônimo disse...

Espectadores. :)

Rodrigo Zago disse...

Ajustado! Valeu pelo toque!