sexta-feira, 25 de março de 2011

Sucker Punch - Mundo Surreal

Surrealmente Vazio

Direção: Zack Snyder
Título Original: Sucker Punch
Duração: 110 min
Idioma: Inglês
Lançamento: Mar/11

Qual é a graça de um videogame se você não pode interagir com ele e efetivamente "jogá-lo"? Essa é a pergunta que não quer calar durante toda a projeção de Sucker Punch - Mundo Surreal. Apesar da qualidade gráfica do filme estar acima da capacidade que os melhores consoles podem atualmente alcançar, é impossível não compará-lo às elaboradas "cut-scenes" dos jogos mais recentes, ainda que a comparação, na verdade, seja um demérito para jogos como Metal Gear Solid, Grand Theft Auto ou God of War que possuem roteiros muito mais sofisticados que os do filme de Snyder. 

Estágios com começo e fim bem delineados, objetivos específicos (pegue a chave, pegue o mapa, pegue o isqueiro etc.) e os gêneros mais clichês de games: a decrépita e sombria instituição mental, o bordel abjeto, nazistas demoníacos, o futuro tomado por máquinas, os samurais gigantescos, enfim... falta de imaginação somada a um festival de explosões e fantasias fetichistas que tentam esconder os buracos de um roteiro vazio e,  pior ainda, misógino.

Mulheres em constante ameaça, eminentes vítimas de estupro, violência ou assassinato - objetificação pura e simples disfarçada com alguma mensagem final feminista e moralista que não compensa todos os minutos de poses, caras, bocas e degradação feminina que mal funcionam em um videoclipe de banda adolescente (ruim), quem dirá num longametragem.

Vinte minutos são mais do que suficientes para você descobrir que Sucker Punch não vai dar em nada, mas como as imagens até que são "cool" e a trilha sonora é legal, de repente vale ver descompromissados cinco a dez minutos a cada dia - o que equivale a cada uma das "fases" e é o limite de tempo para o tédio chegar ou sua paciência acabar.

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