quarta-feira, 16 de junho de 2010

Estréia: Hot in Cleveland

Sex in the City sem o Sexo e sem a Cidade

Três mulheres de meia-idade (uma solteira, uma recém-divorciada depois de anos de casamento e uma multidivorciada) estão em um avião com destino à Paris que é acaba tendo que fazer um pouso forçado em Cleveland, Ohio. Obrigadas a passar a noite na cidade, elas decidem ir a um bar local e descobrem que, não como em Los Angeles onde vivem, em Cleveland homens de sua idade olham para elas e as mulheres bebem cerveja e comem frituras sem se maritirizar por isso.

A premissa não é ruim, mas as piadas são na maioria ingênuas e algumas delas são do tipo telegrafadas (desde a primeira fala você já sabe como vai ser a última do diálogo). O elenco principal, apesar de não ser ruim, não conta com ninguém que possa levar a série nas costas e compensar os momentos mais fracos (como é o caso de Big Bang Theory).

Wendie Malick sai-se bem e é a melhor das atrizes, mas ela repete a mesma personagem "extravagante" da finada "Just Shoot Me"; Jane Leeves já viu dias melhores em Frasier, sua personagem não ganha boas falas, pelo menos não nesse episódio, e seu sotaque é característico demais para conseguirmos separá-la da personagem que interpretou por onze anos; Valerie Bertinelli, por sua vez, é, no máximo, aceitável.

Completanto o elenco principal, temos a "conciérge" da casa que as três decidem alugar em Cleveland, que é interpretada por Betty White, da pré-histórica série Supergatas (da mesma época de Super Vicky). Interpretar, nesse caso, é um termo um pouco frágil, porque é difícil saber se ela está fazendo uma velhinha levemente senil ou se simplesmente ela já é uma velhinha levemente senil para quem entregaram algumas falas.

Creio que as mulheres terão mais facilidade em identificar-se com os dilemas e com as piadas da série, e iria mais longe ao dizer que é possível que o programa esteja mirando num público-alvo bem específico, ou seja, mulheres na mesma faixa etária das protagonistas. Não deve ser um conjunto pequeno e os comerciais conseguem ser bem melhor direcionados, o que deve garantir pelo menos uma temporada para série.

Bom, fica a dica para esse grupo do último parágrafo, mas acho que minha experiência com as garotas "quentes" de Cleveland pára já por aqui no episódio-piloto.

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